sexta-feira, 3 de junho de 2016
Hoje apuro os sentidos estendendo os braços, como quem quer sentir o ar, saboreio o vento fecho os olhos e deixo-me voar. Deixo o corpo deambular pelo espaço vazio, percebo o nada como uma vaga que me contorna e se abre ao passar por mim. Ainda espero pelo encostar da tua alma, como um barco aguarda no cais…Reclamo aos céus pelo abanão suave desse choque terno entre peles arrepiadas de prazer de amor…Quem és tu que existes em mim, e vens, de dentro de mim, como grito, remexendo os meus sentidos, revolvendo a minha terra, como se semeasses o meu corpo com o teu fôlego. Não há espaço em mim para mais ninguém, confinei em mim a mais estranha intimidade de apenas te querer a ti mas…Hoje estou colado pelo inverso, pois somos agora uma só existência, uma única fragrância que paira no santuário do meu inconsciente. Enquanto te espero vivo neste infinito momento, em que nada mais há que o silêncio dos afagos… Por isso me recolho, neste berço de letras, por isso te escrevo todos os dias, alimentando a tua vontade, para que vivas em mim para toda a eternidade...Busco-te mereço-te amor que não encontro!!
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