sexta-feira, 3 de junho de 2016

Um dia gostaria de poder, como que por magia, abrir uma porta para o meu universo. Queria mostrar as constelações que aglomeram as minhas emoções, como são coloridos os meus sentidos, e como imensas são as nuvens que formam os meus sentimentos. Podia esta viagem começar num jardim, cheio de árvores, de flores onde os perfumes fossem as minhas palavras, e o canto dos pássaros a minha voz. Gostaria de ser eu a dar-te a mão pelo labirinto de roseiras, mesmo na beleza dum entardecer, ou a magnificência dum amanhecer. Partilharia os sistemas solares e visitaríamos os planetas onde guardo as minhas pequenas jóias, recordações de momentos já vividos, onde poderíamos chorar de rir, ou simplesmente, chorar de saudade, nostalgia, duma outra realidade. Nem todo este imenso espaço está polvilhado de delícias e sabores, cheiros e cores, há buracos negros, pulsares que seriam assustadores, porque a perfeição não existe e um universo equilibrado precisa da matéria, mas também da anti-matéria, do belo e do horrendo, do bom e do mau, contudo viajar sozinho pelas zonas sombrias deste espaço seria muito mais horrível...Suplico pela mão do meu criador, que com a sua presença amenizaria o impacto de tamanhas realidades que tenho vivido!! Já tentei descrever-lo, usando as palavras. Já tentei desenha-lo com o carvão da destruição ou com as cores do arco-íris. Já tentei fotografá-lo, mas, ninguém percebeu a dimensão que alcança, o espaço que ocupa, e a beleza triste que comporta. Por isso te digo, que gostaria de poder abrir-te uma porta para entrares dentro dele.

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