segunda-feira, 20 de junho de 2016

Na historia dos homens sempre houve amores desencontrados que viveram do irreal que cercava a sua visão. A diferença Entre o real e o invisível, é apenas uma pequenina mágoa constante que se aperfeiçoa com o passar do tempo e engrandece a dor com que se alimenta. Sonhar com alguém e esta desaparecer intermitente do horizonte do nosso globo ocular, enquanto piscamos insistente os olhos na esperança que a névoa que nos acolhe se desvaneça no ar é amar. Mas não, nunca a chegamos a alcançar e a viver. Tenho comigo as palavras presentes que significam o contrário do significado dos meus passos. Elas não são mais verdade no meu coração. São meras palavras, pequenas demais, insuficientes para me abraçar na solidão que me ofereceram . Olho para o corredor da vida que se afunila nas minhas costas. Precipito os meus sonhos . Digo para mim ...Quero Amar dito assim, timidamente, soa-me sentimento trémulo, que vibra no vazio e denuncia a tristeza pintada nos quadros que decoram o meu espaço. Engraçado. Antes não compreendia aqueles desenhos abstractos, despejados sem sentido em telas. Hoje sinto que aqueles traços escondem um desencanto quase mágico. Mais ou menos o que hoje descubro. Faço-me magico revoltado por um desencanto viril e cruel. Baixo o rosto para apanhar uma lágrima que quase me escapa e tento com ela apagar a contradição sanguínea que os meus sonhos encerram apenas em palavras. Quero deixar-me ir !!!!

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