quarta-feira, 1 de junho de 2016
Hoje escuto entre abraços pendurados nas palavras vadias, amantes em êxtase de furores ardentes perdidos entre gemidos e gestos provocantes, enrolados, aninhados na fogueira da mente que escondo de mim na sombra virgem dos cúmplices em silêncio, como leves beijos…Escrevo em espasmos que pinto em meus lábios, levemente, com as palavras feridas inocentes, armas de arcanjo, num beijo mortal transformado de um anjo selvagem…Este bailado ancestral em constante devir dos caminhos cruzados na esfera empírica não passa de uma dimensão platónica do ser onde combatemos olhares e trocamos gestos na magia celestial rasgando vestes de muros altos, embrulhados em cetim vermelho … Vivo nesta dança imaginária da saudade onde sinto o fogo incandescente que me veste as profundezas da alma e assim conchego o rosto entre estas mãos de palavras desenhadas…
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